Existia antes a poeira, depois veio o ar
O ar chamou o vento e o vento não veio sozinho
O vento era acompanhado da tempestade e a tempestade trouxe a destruição
A destruição trouxe luto aos filhos do pai e da mãe.
Gritos por todo o lado. As pessoas como formigas fugiam e se escondiam
Nuvens negras se formaram no céu azul que zombava sobre a terra
Espanto nos filhos de Deus
Nuvens negras vestiram o céu azul. No seu rigor a preto começaram a gritar
O céu tanto gritou até se rasgar. A tempestade passou, a chuva começou.
Um dia, sete dias o mês inteiro choveu sem parar.
No último dia do mês a chuva parou e um arco-íris coloriu o céu
As crianças na inocência saíram à rua e entre charcos conduziam os seus barquinhos
Entre os adultos o silêncio reinava. Nada se falava, fora o grito das chapas espalhadas por toda a parte.
O tempo passou e a cicatriz passou. A vida voltou ao normal
Ninguém mais se lembrou daquele dia fora o velho que de petiz a petiz
contava a estória de destruição que desgraçara aquela terra
O velho aprendera uma lição e passava aos novos:
“Com o tempo tudo passa”
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comente