terça-feira, 15 de julho de 2014

Meu domingo no FEIMA



Meu domingo foi assim, no espaço da Feima. Estava lotado, mas não como o habitual. A gente chegou era dez e alguma coisa e mais alguns segundinhos. Curtimos o bastante, contemplamos donos dos seus dinheiros aproveitando o que a vida abastada pode dar de melhor "comida"! A gente como nós, andava de mesa em mesa perguntando os preços como quem queria comprar, lembro de termos chegados a uma das mesas e a senhora disse:
- Aqui tá cinquenta, mucapata tá cento e cinquenta.- Olhamos bem no rosto daquela senhora que não podia ler os nossos bolsos- Se quiserem comprar há desconto, temos guisado também a cento e cinquenta- continuou a falar.
Saímos daquela mesa, rondamos quase duas vezes até encontrar uma mesa que vendiam "açúcar melado". Mas cá para mim, aquilo não tinha nada de mel se não fosse açúcar mais que outra coisa. Se fosse para batizar, poderia chamar de "açucarmendoado". Compramos, também o preço ajudava. Não queríamos saber da qualidade, so queriamos mastigar qualquer coisa para fingir de existir. Comemos, não me caiu bem, estava bastante açucarado.
Chegou o fim da tarde, o céu mudou de roupa, as suas vestes pululavam entre as arvores provocando uma poeira insuportável. Tudo mudou de repente, como uma fofoca purgante. Neste ponto não há que reclamar, mesmo o Perú tem ossos de cabrito, a ventania de agosto desfila a sua classe em Abril, é uma realidade inversa. É a dinâmica da mãe natureza. Não há que reclamar de nada.
Despedimos daquele espaço com a esperança de voltar mais vezes e continuar a deliciar aquelas iguarias que só existem naquele lugar. A gente viveu uma vida de luxo, emprestada porem.
Da próxima vez, como não posso comer tudo!
Vou cherar cada comida para bombisselar lá em casa.

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