A minha gata é
bastante amorosa. Quando digo “minha gata”, refiro-me a aquele animal peludo,
com dois dentes caninos bem pontiagudos, com unhas bem afiadas e que na maioria
das vezes gosta de um petisco de rato. Para esta gata a que me refiro, não
gostaria que fosse intendida como um simples animal, que come restos de ossos
que a gente traz quando vai a uma festinha de amigos ou quando comemos carapau
e nos cansamos de mastigar a espinha dorsal. A minha gata é especial, é
sensual, é glamorosa e cheia de charme.
A minha relação
com ela é bastante calórica. “A gente” partilha muitas emoções. Quando estou
triste ou dalguma forma preocupado, ela nota, olha no meu olho e naquele
momento comunica comigo. Passa-me alguma mensagem. Ela desafia a ciência que
diz que entre o ser humano e os gatos não há comunicação porque não usam a
mesma linguagem. Todavia, eu e minha gatinha nos comunicamos.
Quando volto do
serviço, ela me recebe volteando os pés e corre diretamente para a porta como
se tivesse as chaves da dependência. Logo, quando abro a porta do quarto, é a
primeira a entrar. É como se tivesse a inspecionar se alguém teria entrado e
mexido nos nossos pertences. Logo depois, senta-se na estufada e começa a
assistir a televisão.
Nos dias em que
volto cedo da escola e ainda me sobra algum tempinho para tomar banho e relaxar
um no quarto, depois do banho ela vem e senta ao meu lado migalhando carrinhos.
Dai, começo a passar a mão na sua cabeça e aproveito para pensar na minha vida.
Como forma de retribuir o carrinho que lhe passo, começa a dosear-me com
massagem localizada durante um tempinho. Apos isso, começa a me lamber como se
tivesse a lavar – me.
Por estas e
outras coisas posso afirmar que a minha amiga gata é muito especial. Até a
minha parceira (namorada) tem ciúmes da gatinha. Quando ela chega (a gatinha), a
minha parceira manda-a sair.
-Este é meu
tempo, o teu já passou- Fala para a gatinha
É sempre bom ter
um animal de estimação, ele é o companheiro que nunca trai. Preocupo-me em
saber que ainda há pessoas que castigam animais, deixam-nos dormir ao relento
sem o que cobrir nem que comer.
Kikikikikikikikikiki
(rindo), até neste exato momento em que passo estas linhas, ela está comigo
fazendo o carrinho que venho relatando.
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