Hoje peguei um Xapa que saia de mercado compone
à Xipamanne. Enquanto o Xapa andava, o inesperado aconteceu. De repente, o caro
parou sem mais querer andar. Eu, com a minha voz lá no fundo. Soltei a palavra
e deixei a língua beber o ar dizendo:
-Cobrador não queres ajuda?
-Ya meu irmão preciso pa- Respondeu
Logo, sai do carro me dirigindo as traseiras
deste. Nesse mesmo instante vi que que quase todos homens que estavam dentro do carro saíram
e seguram–me como a mãe natureza puxa as águas no seu caudal. Empurramos bravamente o
carro que com vergonha dos homens que o tocavam delicadamente acabou arrancando.
Andamos, chegados a paragem Saúl, o carro
voltou a ter mais um ataque carrodiaco. Aumentamos adrenalina. Apelamos às
forças. Aumentamos as sinergias, empurramos o carro. Com toda a força empenhada
se entregou a avassaladora empuranhada dos titãs.
Parece que o sujeito e o senso da história era o
carro. Mas na verdade eu tive um papel importante nesta história, pois observemos:
Quando sai do xapa tirei os meus dez meticais para complicar trocadamente o
cobrador como faço contigo para compreender o portunganês. Entreguei os meu dez.
Inesperadamente, o homem acena a cabeça tocando as cordas vocais dizendo:
-Valeu man podes bazar não paga.
Juro que fiquei arrependido por ter injustamente estereotipado esta classe de
trabalhadores. Não esperava a atitude tomada por este cobrador. Dai, comecei a refletir.
Quital se todo mundo fosse como este jove?. Quital se todos tivessem engajados
em liderar mudanças em todas áreas de influência social.
É um caso para dizer que ainda há esperança de
resgatar o valor de cidadania no país, particularmente nos jovens.
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