terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A história do xapa


Hoje peguei um Xapa que saia de mercado compone à Xipamanne. Enquanto o Xapa andava, o inesperado aconteceu. De repente, o caro parou sem mais querer andar. Eu, com a minha voz lá no fundo. Soltei a palavra e deixei a língua beber o ar dizendo:
-Cobrador não queres ajuda?
-Ya meu irmão preciso pa- Respondeu
Logo, sai do carro me dirigindo as traseiras deste. Nesse mesmo instante vi que que quase todos homens que estavam dentro do carro saíram e seguram–me como a mãe natureza puxa  as águas no seu caudal. Empurramos bravamente o carro que com vergonha dos homens que o tocavam delicadamente acabou arrancando.
Andamos, chegados a paragem Saúl, o carro voltou a ter mais um ataque carrodiaco. Aumentamos adrenalina. Apelamos às forças. Aumentamos as sinergias, empurramos o carro. Com toda a força empenhada se entregou a avassaladora empuranhada dos titãs.
Parece  que o sujeito e o senso da história era o carro. Mas na verdade eu tive um papel importante nesta história, pois observemos: Quando sai do xapa tirei os meus dez meticais para complicar trocadamente o cobrador como faço contigo para compreender o portunganês. Entreguei os meu dez. Inesperadamente, o homem acena a cabeça tocando as cordas vocais dizendo:
-Valeu man podes bazar não paga.
Juro que fiquei arrependido por ter  injustamente estereotipado esta classe de trabalhadores. Não esperava a atitude tomada por este cobrador. Dai, comecei a refletir. Quital se todo mundo fosse como este jove?. Quital se todos tivessem engajados em liderar mudanças em todas áreas de influência social.
É um caso para dizer que ainda há esperança de resgatar o valor de cidadania no país, particularmente nos jovens.

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