quarta-feira, 30 de abril de 2014

MC DE VOLTA ÀS POLEMICAS



Depois de um tempo sem nos proporcionar uma das suas controvérsias, o nosso grande e menos cantor volta ao rubro e tira a sua mascara para todo o país. É daquelas situações que a gente aconselha as pessoas a silenciarem a boca se não tiverem nada a falar e, deixar que os outros pensem que sejam lunáticos ou escovinha para o caso em destaque, do que abrir a boca e confirmar o que todos já sabem.
Volvidos cerca de dois anos se a memória não tiver deixado de se aliar as lembranças, após o Roger ter afirmado que quem assinou os acordos de Paz em Roma foi o actual presidente da República Armando Emílio Guebusa, sem falar de algumas rixas que teve com os colegas que fazem parte da mesma classe de cantores ou animador nacional se assim podemos o chamar.
Mas penso que isto devia começar desta forma, para economizar o tempo da vossa leitura. O nosso mais polémico cantor retornou com uma bomba na escala nacional através de uma das televisões de maior audiência no país. Trouxe consigo algumas revelações de anseios pessoais e quis comover os telespetadores do programa “Grande Entrevista” com palavras bastante enganadoras para olhares não atentos aos problemas reais em destaque no país. Estes Problemas têm a ver com a habitação, a despromoção dos músicos nacionais, o autoestima e o patriotismo. Estes últimos dois temas, que são a sua figura de destaque pois repetidas vezes os menciona como se tivesse algum entendimento relacionado a matéria.
Uma das primeiras gafes que se notabilizou foi a sua radicalidade quando se falava sobre o “projecto autoestima” se não merecer o nome de “baixo estima” pela postura contraditória e lambibotista que se mostrava nos seus pronunciamentos. Foi capaz de dizer que não aceitava algum questionamento em relação a este projecto, faz-nos crer desta forma que ele se acha o senhor absoluto da razão, ninguém pode contradizer o que ele fala, quer submeter toda gente a concordar com o que ele pensa sobre o risco de se levantar e mandar calar a boca ou simplesmente dizer que ele tem auto estima.
Como jovem que se considera, não soube defender o seu posicionamento sobre o que ele achava da governação actual, limitando-se apenas a dizer que é uma pessoa com autoestima. E sobre esse capítulo nasceu uma pergunta que ele não soube desviar com o seu malabarismo na fala: Mc! será que uma pessoa com auto estima pode criticar alguma coisa?”-Perguntou o jornalista. Nisto tentou esquivar do assunto construindo uma teia de respostas que acabou tropeçando cegamente nela. Dizendo que há algumas coisas que deviam melhorar como a habitação para os jovens, e há meios próprios para canalizar certos assuntos pois ele tem acesso ao PM e ao presidente da Republica. São coisas que não têm nenhuma construção logica mesmo para aqueles que tem um processador lento de análise.
A outra questão polémica merecedora de atenção por parte dos telespectadores foi a não convocação da sua parte para a participar no septuagésimo aniversário do seu grande amigo pessoal, nada mais e nada menos que o presidente da República. Eu penso que desta vez a escova não bastou para polir a poeira que acumulou no seu amigo por tanta confiança que até deixou de o polir, esta que era a sua única tarefa. Defendeu-se dizendo que é um dos cantores que mais tempo dedicou para promover a reversão da Hidrelétrica de Cahora Bassa. Por isso, no seu entender devia merecer algum espaço nos banquetes presidenciais. E, portanto ficou subintendido que ele queria algum retorno financeiro por esse acto patriótico. Nesta reflexão tentou dissipar dizendo que foi um dos únicos que permitiu e estendeu o seu tapete para o presidente.
Será que o Mc se considera rico-interrompe o homem da informação. Um minuto de silêncio, a boca bebe o ar e não consegue uma resposta para a questão. Finalmente responde que tem algumas necessidades, mas não responde verdadeiramente a pergunta colocada. Uma grande reflexão nasceu no seio de todos nós e parece que o jornalista leu a dúvida que inundava a mente dos seus telespectadores. Como é que alguém que usa um fato dois mil rands se considera pobre? Isso é coisa para enganar os cegos, ou ele acha que é o único com um olho nesta terra de cegos?-minha reflexão.
Epá é um caso para lamentar, quantos jovens escovistas existem no país? Será que esta geração pode mudar a situação em que a nação se encontra mergulhada?
Meus caros há necessidade de começarmos a refletir sobre esta problemática. A situação em que a juventude se encontra é bastante lamentável, temos que deixar de andar a escovar para merecer algum espaço nas elites políticas. Cada macaco tem que começar a trepar no seu galho sobre o risco de não fazer uma autêntica salada que se verifica nos pimbas musicais. Há cantores e cantantes, há apresentadores e animadores, há escovinhas e patriotas, as coisas não devem ser misturadas e confundidas.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O fim do mundo face book



A praga veio como o vento anúncia a tenpestade arastando arvores e casas, deixando a destruição por onde passa. A pragabook começou na Espanha e em tão pouco tempo espalhou-se pelo mundo até ao nosso pais.
Reza a história que a praga foi criada por um menino de 6 anos de idade que logo na gestacao da mãe já se motrava um haker inacto, obrigando esta a permanecer ligada ao facebook compulssivamente sem se quer deduzir o que se passava. Procurou por ajuda de tantos medicos, sem que muito a pudessem ajudar pois estes so se limitavam a recomendar o repouso.
Volvidos 4 anos da sua nascencia sabia montar e desmontar um computador , crecava games e programas nos seus tempos livres. Nos vidios games de fight levava dez minutos para por o final e nas aventuras apenas uma hora de tempo. Quando os pais se aperceberam desta estranha sabedoria aos 5 anos ganhou o seu primeiro emprego numa das sucurcais do face na espanha.
O seu trabalho tinha a ver com inovacao tecnologiva do facebook, combatia viros para não invadirem o a placa mãe do facebook no seu pais. Eis que um dia destes pela sua curiosidade tenta criar um super viros contra o fb para testar a sua inteligência. Na primeira fase do virus foi denominada virus book e que depois passou para pragabook.
No nosso país a pragabook entrou em 2053 importado pelos internautas do sul num ficheiro econdido e dispercebido no flash de um bolseiro para o curso avançado de internet e combate a spaw e virus. O nosso país no momento não dispunha de feramentas para a detenção deste tipo de virus porque se confundia com os ficheiros do sistema e começava por dilasserar os programas mais frageis até descomandar os programas quebrando em online os arquivos depositados no facebook e em outras redes sociais, deixando o usuario sem informacão nenhúma
Quando a pragabook entrou e atingiu o estado avançado no nosso país, várias crianças ficaram depremidas e inconsolaveis, as internetes café ficaram desertas, as pessoas já não estavam abituadas a ter relações fisicas, era tudo na base de facebook, via email ou outras redes sociais. O país entrou em grande depressão pois as grandes lojas de venda de aplicativos perdiam clientes e desta forma contraiam dívidas ireparaveis ao cliente e aos seus credores.
A pragabook foi tão devastadora que até as paragens ficavam desertas , não existia quase nenhúm computador com internet porque o sistema central mundial de processamento de dados encontrava-se obsoleto, nao acedia aos arquivos dos usuarios que abarotavam o departamento de assitencia aos internautas.
Eis que a profecia estava prestes a se realizar, um jovem chamado Dom Filipe havia sido dado a visam impar de descrever o futuro das Redes sociais espalhando a noticia por todo o mundo de que viria a praga um dia. E que todos deviam se precaver, nao acabar todo seu tempo deixando de trabalhar em outras areas, se dedicando apenas ao facebook. Pois o tempo passa dispercebido e a gente fica todo santo tempo em frente ao monitor do seu computador, precisa-se cultivar outras culturas pois para além de tempo que se perde, o tipo de informação em circulação não é dos mais saudaveis para a produão do conhecimento e ideias necessárias para o crescimento do país, dos jovens e adolescents particularmente. A gente precisa repensar no uso que da as redes sociais poi, alem de ficar publicando informações desnecessárias, podiamos fazer deste um espaço crítico em que fundamentos são debatidos, onde ideias nascem.
Muitos ouviram e respeitaram as ideias do profeta Dom, mas alguns ignoraram a sua visão, lendo um paragrafo do seu texto, mas alguns leram e releram totalmente o texto, publicaram nos seus murais e nos murais dos seus amigos, outros puseram um like no seu texto

Tudo Invertido

Fui ao aeroporto apanhar navio, depois fui ao porto apanhar avião. Foi nesse exato momento em que fui perseguido por um cachorro quente. Fiquei tão cansado que me deu fome, logo vi uma casa que vendia cão boneco com refresco.
O dia de hoje foi tão corrido que me deixou muito cansado. Para atenuar liguei a televisão para ver se escutava alguma coisa interessante e vi que nada me entreteria. Decidi ligar a rádio para assistir noticias. Enquanto o noticiário rolava, assiste uma cena interessante; em Chibututuine haviam árvores que nasciam chávenas, os bois saltavam galhos em cima das árvores comendo bananas dos agricultores. Os macacos comiam capim, pastados por meninos da comunidade e ajudavam na sementeira.

AS FAMOSAS TRES 100


Sabe, uma coisa tem provocado em mim uma profunda preocupação em relação aos jovens e ao consumo excessivo do álcool fomentado pela baixa dos preços das cervejas, dos bosses e da tentação (bebida). Em cada esquina de venda de bebidas alcoólicas onde a gente passa, chocar-nos-emos com frases como “ 3 médias a 100” ou “há promoção de tentação e boss”.
Ao nível das redes sociais, os jovens trocam mensagens e criam piadinhas fazendo apologia para a propaganda barata e inconsequente das bebidas alcoolicas. O que a gente não suspeita é o objectivo que existe de trás desta baixa de preços.
A pergunta que cada um de nós devia formular dentro de si, é. O que pretendem as pessoas que fabricam essas bebidas? O que é que ganham as pessoas que controlam as pessoas que as fabricam?
Não trago nenhuma resposta ou conclusão em relação a estas questões. Contudo, gostaria de chamar a atenção de todos para uma reflexão. Acredito que o maior número de pessoas que consomem estas bebidas são os jovens, o grande número de pessoas capazes de votar são os mesmos. Logicamente!
Então, a partir dai, a gente devia começar a tirar algumas conclusões em relação a conjuntura politica, social e económica actual, apesar do risco de uma visão tendenciosa quando se analisam os factos actuais de uma época a que a gente pertença. Me arisco a fazer a tal analise e a previsão do caminho incerto que o país e os jovens em particular estão trilhando.
O preço das bebidas, ao meu entender baixou por conta das eleições que se avizinham. Por esse motivo o governo da Frelimo tem vindo a baixar o preço das cervejas, dos bosses, das tentações e dos dons, de modo a anestesiar a massa crítica do país para que não possa abrir os olhos e enxergar a verdade tapada por uma peneira tecida através das tentações e preços baixos das bebidas.
Enquanto deliciamo-nos por ai com “três 100”, o país vai mergulhando no caminho das incertezas e numa guerra eminente entre a Frelimo e a Renamo. Os dois entretém-nos com acusações e reuniões que não acabam, de modo a que a massa crítica jovem permaneça adormecida, e quando acordar para a realidade daqui a algumas gerações eles terão delapidado todos os nossos recursos e guardado todo o dinheiro no exterior onde tem mandado seus filhos estudarem ou que vão quando estão doentes.
É inadmissível que a gente continue legitimando este tipo de atrocidades contra o futuro do país.
Exorto a todos jovens para que acordem do sono e da anestesia que tem-se submetido e permanecido. É verdade que pouca coisa a gente pode fazer, mas se conseguirmos influenciar o maior numero de jovens a que possam exigir responsabilidades a quem é de direito responder pelos nossos recursos que são mal aplicados para produzir álcool e menos livros para a gente ler e buscar inteligência.
É chegada a hora da gente acordar, basta de três 100. Chega de amputar o futuro dos jovens com bebidas alcoólicas. Exigimos promoção das propinas na escola, queremos comprar livros a três 100 ou pagar transporte três semanas por apenas100. Ai sim eu ia comemorar e escrever muita coisa sobre isto.

Maputo está sangrando

O sol está vermelho, Maputo está sangrando
O povo está gemendo.
As noites tornaram-se num eterno mártir onde andantes caminham armados até aos dentes
Os bairros das barbas da cidade estão em chamas por medo de dementes.
O sol está vermelho, Maputo está sangrando
O povo está cansado de ser acusado e de ser chamado de vândalo
O contrato social foi quebrado e as pessoas voltarão ao seu estado natural onde reina a lei de dente por dente e olho por olho
Nessa confusão, sangue inocente vai jorrando, inundando os citadinos de Maputo.
Os xiconhocas e os Mussathanhocos descansados nos seus palacetes julgam o povo e o condenam pela sua pobreza
O sol está vermelho, Maputo esta sangrando
A noite tornou-se o dia e os dias foram esquecidos
É o preço que se paga por nascer pobre
É a desgraça que acompanha as pessoas que nascem fora da Sommerchild, da Baixa e de Museu
O sol está vermelho, Maputo esta sangrando

Para minha amiga

Lembro da nossa velha amizade, das brincadeiras que a gente fazia. Não sabes o quanto me tornaste feliz naquela epoca. Espero ter-te feito sentir orgulhosa também. Quanto mais a gente cresce, mais o tempo se afunila. contudo, sempre deixei algum espaço para ti mandar uma mensagem fortificante ou engraçada. Queria tanto poder estar proximo de ti sem provocar alaridos nem maus olhares. Todavia, a relação em que estou é muito seria e as pessoas podem usar a nossa amizade para nos destruir. Estamos condenados.

Wilson Zacarias escrevendo para a sua amiga Anabela

Ser homem e ser jovem é difícil


Muitas vezes falamos em viva voz que “as mulheres sofrem nas mãos dos homens”, mas eu digo mais: “Os homens também sofrem nas mãos doutros homens”, isto porque somos coagidos e pressionados a agir e viver de uma forma que a meu ver não é saudável, isso tudo para ostentar e sustentar o macho que em nós vivi.
Somos obrigados a condenar no silêncio os nossos sentimentos, guardar amores adormecidos e exibir músculos esforçados. É bastante pesado carregar este fardo, é um esforço que não compensa. E tudo agudiza quando se é jovem, precisamos competir entre nós como se fôssemos animais selvagens em bandos.
São bebidas que nos atentam, a luxuria exibida nas televisões, a cultura consumista que cada vez a mais nos puxa ao extremo num abismo sem precedentes. Razão disso são maioritariamente os jovens do sexo masculino que são recrutados para o submundo do crime, pagando por isso um preço elevado com as próprias vidas. Há evidências claras que sustentam estas palavras. Basta simplesmente prestar atenção aos casos de raptos que são cometidos ultimamente e veremos que os principais acusados e presos são os homens jovens.
É preciso perceber-se que os homens também sofrem e precisam de uma luz que possa lhes iluminar no caminho difícil e apertado que trilham. Precisa-se dizer basta a esse sofrimento que cada vez a mais vai consumindo e frustrando o sonho de nós os jovens.

Falta de água em Maputo



Durante o final de semana quase chorei. Tudo começa na sexta-feira quando regresso do serviço exausto e com bastante fome. Como de costume, aprontei-me de calções para tomar banho, só que entretanto para a minha surpresa choco-me com a escassez de água nos tambores. Não perguntei nada, quis ser o portador primário da notícia trágica. Eis que para o meu espanto o tubo de agua que a gente usa para roubar o liquido das “Aguas de Moçambique” estava seco, murcho como o deserto de Calaári, que tenho o lido já que não o conheço de vista nem de o pisar se não for em sonhos. Ai a minha cabeça começou a girar, senti o corpo a coçar, o suor a transborda-se pelos sovacos deslizando pelo corpo inteiro até ser chupado pelo chão. Este foi o episódio da sexta-feira por um lado.
Chegado sábado, sem banhar e a beber com dificuldades. Tinha um programa com a minha amada. A ideia era sair as dezesseis. Portanto, tive que acordar as quatro da madrugada para apanhar o precioso líquido e caminhar uma distância de mais ou menos cinco quilómetros (não tenho certeza, não sou bom na medição). Chegado a fonte, tive que aguentar o cordão humano que pretendia também como eu, garantir pelo menos um bidon de água. Para completar, no mesmo dia deparei-me com a outra situação embaraçosa que só veio agravar a situação agonizante que caracteriza as zonas suburbanas de Maputo. Como por exemplo: Polana caniço, Maxaquene, mavalane e outros. Apesar da lenga-lenga consegui garantir o único banho do dia.
Chegado domingo, a situação ficou mais alarmante ainda. Não tinha literalmente nem uma gota de água. Não havia espaço nem para nascer um mosquito. Contudo, graças a extensão da família, tive que viajar até CMC para poder obter um bidonzinho de água.
Por fim, na segunda-feira acordei de manha na esperança de que podiam ter aberto as linhas de água que canalizam este líquido para as nossas zonas. Para o meu espanto, nada disso havia acontecido, nada de água. Fiquei bastante transtornado, tive que ir trabalhar sem banhar e a cheirar os sovacos no chapa (Transporte semicolectivo). Contudo, já que quase “todo mundo” não havia banhado, portanto ninguém sentiu o cheiro do outro.
Passei o dia a lamuriar a minha pobreza: “Porque é que os pobres existem, se é para passarem por isso? Me arrependo de ser pobre, para mim pobre não devia existir. Somos apertados nos chapas, chamados de vândalos, preguiçosos, esfomeados e ainda nos falta agua e luz que são coisas dignas e fundamentais de um ser humano. O meu coração está chorar, não sei porque é que fazem isto com nos pobres. Onde é que vamos ficar com estas situações”
Alguma coisa tem que mudar, ajudem nois pobre

Publicidade Sexista



Acredito que a maior parte das pessoas que poderão ler este texto tem televisor em casa e se não tem um, logicamente tem a possibilidade de assistir em casa de um vizinho ou amigo próximo. E portanto já viu passar com certeza uma publicidade tentando vender um produto ou uma marca para o pessoal que fica nas suas casas sintonizado nas suas antenas. Mas, certamente o que muitos não puderam notar, foi que a maior parte de produtos de esfera doméstica, vendidos nestas publicidades são dominados por mulheres ou aparecem as mulheres com o papel activo, o homem e as crianças na passiva. Mas o que tem isso a ver? Acredito que neste momento estas a fazer esta pergunta para si mesmo, como se pudesses responder. Calma! Eu é que escrevo isto e por isso vou-te responder.
Não estou aqui para publicitar nem falar mal de nenhuma empresa. Mas, apenas quero descrever o que vejo e aquilo que penso de uma certa realidade: Podemos ter como ideia para evidenciar aquilo que falo, por exemplo, a publicidade do “milenium bim” que fala sobre como comprar o “credelec” via telefone. Estão a ver oque a senhora está a fazer enquanto o marido esta a ver futebol? Ela está ai a engomar de um lado, e doutro lado está o marido e as crianças a assistir o seu futebol bem relaxado. Então, imaginem se fosse ao contrário, não ia provocar um alarido? Agora, a gente se conforma porque acha aquilo normal faz parte da nossa cultura. A mulher tem que fazer tarefas domésticas, cuidar da casa, do marido, engomar e se ocupar demais tarefas da esfera domestica.
Outra publicidade parece tradição do milenium bim, é a do “milenium investimento” que mostra um jovem, trabalhador que volta à casa, encontra a mulher juntamente com os filhos e ela recebe-o levando o seu casaco para o conservar. O que quer isto dizer? Que a mulher é zeladora, ela é que cuida da imagem do marido enquanto vai trabalhar e enfatiza desta feita que o papel da mulher é de cuidar da casa.
Outra publicidade que serviria de análise é a de “clean Africa”, se calhar uma das que mais marcou as pessoas. Basta ouvir “para que, para que nkata udlile male yanga” (porquê mulher, comeste meu dinheiro) a gente vai se lembrar. Esta se associa a outra publicita do bim, descrita nos parágrafos acima. O pior desta publicidade é a própria musica que é sexista, que desvaloriza antes de tudo o corpo das mulheres como se tratasse de um objecto sexual que para a satisfação de um homem tem que se gastar dinheiro e não serve mais de nada se não for para isso. O exemplo desta publicidade para mim é mais gritante de todas as publicidades.
Outrora viram ainda, acredito a publicidade da laurentina que também deu de falar por causa de “esta preta é boa”. Esta publicidade também tenta se aliar o produto ao corpo da mulher, é como se a laurentina fosse “gostosa” como a pele de uma preta moçambicana.
Agora, cá comigo, vamos refletir: será que as mulheres só valem pelo corpo que tem? As mulheres não podem ter laser como os homens o fazem, não podem trabalhar fora de casa. Não acha que isto sustenta os estereótipos de género que concorrem para a subalternizam do papel das mulheres? Não é chegado o momento de pormos a mão na consciência e exigirmos que não passem esse tipo de publicidades sexistas? Não acha que este é um dos motivos para a violação das nossas irmãs? O que tu fazes, o que tu fazer?

A Casa onde nasci



Nasci numa casa de caniço virada para a rua. Talvez seja por isso que me virei para a vida
Tinha o quintal cercado de xipinhosa e um capim verde no qual fazia as brincadeiras de infância
Jogávamos maberlinda, debaixo mafurreira que nos proporcionava uma sombra angelical
Apesar de toda a satisfação que o ambiente da casa me proporcionava, na inocente meninice aspirava com a vida adulta.
Não sabia que a vida de um adulto não só traria a segurança, mas também, os seus formalismos, preconceitos e a prisão da imaginação
Na casa de caniço, fazia as lições da escola debaixo de xiphefu
Nas vezes que o sol se rasgava e as vozes dos Deuses adormecidos despertavam do sono secular para abrir as comportas que deslizavam suas lágrimas em forma de chuva, me escondia debaixo do cobertor por medo. Tinha medo da trovoada porque ouvia histórias de que ela me levaria para o outro lado do submundo, para a terra do além onde vivem os espíritos que transcendem para outra vida.
Na minha casa de caniço nutria amores e dores por uma menina de corpo de anjo e uma voz fina como o arco íris. Sonhava em pega-la pelo braço e recitar um poema que saísse do meu coração para ver se ela me concebia a felicidade que tanto desejava ao seu lado. Pena não tinha coragem. Mas acho que ela notava o que sentia. Esse sentimento faazia-me brotar uma energia enorme que se transformava em suor que deslizava pelo sovaco molhando os meus biquínis esfarrapados de um menino plebeu. Era a típica historia da “bela e a ferra”.
Sonhava com a casa de pedra porque não sabia a felicidade que me proporcionava aquela casa de caniço. Havia uma conexão entre nós. Lembro daquele quadro que ficava entre o corredor principal e a sala de estar.
Hoje passados muitos anos depois de terem destruído a minha confidente casa, apercebo-me o quanto perdi uma parte significativa da minha história. Um sentimento de arrependimento e uma eterna saudade me entranham. Uma lágrima enorme nasce do canto esquerdo do meu coração, onde ficam os sentimentos sublimes. Ai sim, vejo que outrora fui feliz na minha casa humilde, na minha inocente infância

(por: Filipe Tumbo)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia do Livro

                                                                      




Apesar de reconhecer que já entardeceu, tenho por outro lado a vontade de deixar ficar alguma mensagem com relação ao dia de hoje. Acredito que seja do conhecimento de alguns, se não for de todos que hoje comemora-se o dia mundial do livro.
Para o nosso conhecimento, esta data teve a sua origem na Catalunha que é uma região da Espanha. Segundo a enciclopédia eletrónica, a data começou a ser celebrada a 05 de Abril de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. Passado algum tempo, no ano de 1930, a data comemorativa foi transferida para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes. Entretanto, mais tarde em 1995, a UNESCO estabeleceu o 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.
Portanto, como havia feito menção, não queria perder a oportunidade de tornar mais publica esta informação de modo a que mais pessoas se interessem pelo livro, pois, a sua leitura abre horizontes da nossa mente, aumenta a nossa imaginação e nos prepara para a vida.

“A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo" Lembre-se sempre desta frase e valorizem os livros.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Lembre



Lembre-se de mim, dos nossos velhos tempos
Não deixe as memórias desvanecerem em meio ao vão
Ao teu lado pude ter a infância mais briosa do mundo
É verdade que o tempo não volta atrás, contudo, acredito que um dia vamo-nos encontrar em verdes pastos como no capim do nosso quintal
Te abraçarei profundamente deixando uma lágrima exprimir-se do meu sofrido olho longe do calor do seu olhar
Ai vou cantar “Ho graças ao destino que criou esta oportunidade, Ho viva meu coração está alegre, encheu de alegria.”
Guardar-te-ei a sete chaves no meu coração para nunca mais te perder, pois já sei a dor de não te ter
A minha alma briosa vai lusear além galáxia mais que o sol que dá vida a todos viventes
Neste momento a minha mente imaginaria, sonha com dias como estes em que o meu âmago vai se encher de alegria de amor que ira transbordar mundo fora

A Minha casa de Caniço



Nasci numa casa de caniço virada para a rua. Talvez seja por isso que me virei para a vida
Tinha o quintal cercado de xipinhosa  e um capim verde no qual fazia as brincadeiras de infância
Jogávamos maberlinda, debaixo mafurreira que nos proporcionava uma sombra angelical
Apesar de toda a satisfação que o ambiente da casa me proporcionava, na inocente meninice aspirava com a vida adulta.
Não sabia que a vida de um adulto não só traria a segurança, mas também, os seus formalismos, preconceitos e a prisão da imaginação
Na casa de caniço, fazia as lições da escola debaixo de xiphefu
Nas vezes que o sol se rasgava e as vozes dos Deuses adormecidos despertavam do sono secular para abrir as comportas que deslizavam suas lágrimas em forma de chuva, me escondia debaixo do cobertor por medo. Tinha medo da trovoada porque ouvia histórias de que ela me levaria para o outro lado do submundo, para a terra do além onde vivem os espíritos que transcendem para outra vida.
Na minha casa de caniço nutria amores e dores por uma menina de corpo de anjo e uma voz fina como o arco íris. Sonhava em pega-la pelo braço e recitar um poema que saísse do meu coração para ver se ela me concebia a felicidade que tanto desejava ao seu lado. Pena não tinha coragem. Mas acho que ela notava o que sentia. Esse sentimento faazia-me brotar uma energia enorme que se transformava em suor que deslizava pelo sovaco molhando os meus biquínis esfarrapados de um menino plebeu. Era a típica historia da “bela e a ferra”.
Sonhava com a casa de pedra porque não sabia a felicidade que me proporcionava aquela casa de caniço. Havia uma conexão entre nós. Lembro daquele quadro que ficava entre o corredor principal e a sala de estar.
Hoje passados muitos anos depois de terem destruído a minha confidente casa, apercebo-me o quanto perdi uma parte significativa da minha história. Um sentimento de arrependimento e uma eterna saudade me entranham. Uma lágrima enorme nasce do canto esquerdo do meu coração, onde ficam os sentimentos sublimes. Ai sim, vejo que outrora fui feliz na minha casa humilde, na minha inocente infância

(por: Filipe Tumbo)

Hora de activismo



O mundo em que vivemos é muito triste. Por vezes somos ensinados a odiar o próximo, a sermos violentos com outras pessoas e com nos mesmos. Todavia, não somos ensinados a refletir sobre as nossas actitudes, dos benefícios e das consequências das nossas acções.
Por vezes perco forças, a esperança de lutar por um mundo melhor. Mas por outro lado, quando penso no futuro das minhas sobrinhas, dos meus sobrinhos, d@s filh@s que terei com a minha parceira, sinto-me obrigado a lutar. Isso me alegra porque sei que estou participando na construção de um mundo melhor, livre de preconceitos e estereótipos para @s meus filhos. Um mundo onde homens e mulheres gozam plenamente dos seus direitos sem discriminação. Sei que isso parece um sonho, mas a ideia de tentar é mais forte. Por isso milito em todo o espaço onde é possível difundir a mensagem da paz e de amor entre todos os seres humanos. Seja ao nível do facebook, seja ao nível da comunidade onde vivo. Tento elevar o nível da participação de jovens na causa pela qual milito. Tento elevar o seu horizonte de questionamento sobre como é que somos construídos, de que forma isso afeta as suas vidas e a vida das pessoas próximas a si. Sei que isso é parece uma utopia, mas foi a partir da ideia que o homem inventou tudo o quanto tira proveito em termos técnicos e das relações com outras pessoas.
Sonho com um mundo onde homens e mulheres vivem livres da violência. É minha missão acabar com todo o tipo e violência que até hoje prevalece dentro da nossa sociedade. Junte-se a mim e participe nessa luta, não fique na margem enquanto outras pessoas vão tecendo as teias da sua história.
Jovem, vamos fazer a diferença. Se o mundo esta como hoje esta, é porque alguém fez alguma coisa ontem. Reflita nestas palavras e levante desde já. Faça alguma coisa, não fique na sombra porque quando o sol virar não terás onde te protegeres. Faça a sua sombra dando a mão para uma causa justa

terça-feira, 15 de abril de 2014

A dinheirocracia



Dinheirocracia- é um sistema de governação que assenta no cumulo do dinheiro do povo numa só pessoa.
A palavra dinheirocracia tem origem no vocabulário moçambicano que é composta por dinhe (dinheiro roubado) e Kratos (que significa poder). Neste sistema político o poder é usurpado pelos dirigentes mais corruptos e que querem aumentar o dinheiro na sua família através do roubo e de processos de gestão dos recursos do povo de forma não transparente.
Por outras palavras pode se dizer que é um regime de governação em que todas as decisões importantes sobre a gestão dos recursos de um país estão assentes nas mãos de um único indivíduo. Ele rouba, extravia, corrompe e esgota os recursos do povo. É um regime que pode existir num sistema individualista e roubacracista, onde existe o presidente que se elegi por si com recurso a fraude e onde por outro lado existe amigos e familiares do presidente que acabam se beneficiando da não transparência e no final do dia criam empresas e se beneficiam dos concursos secretos.
Uma das funções da dinheirocracia é limitar os direitos fundamentais dos seres humanos como a liberdade de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica e cultural da sociedade.
A dinheirocracia funciona melhor em países onde o povo conhece os seus direitos, mas que não os exige. Essa sociedade corre um grande risco de entregar o país a águias de rapina que habitam os sete mares pelo mundo fora. Principalmente nos países emergentes ‘e onde este tipo de política ganha lugar.
“Tudo que aparece neste testo pode não ser verdade. Se parecer verdade, a carapuça não era para essa cabeça. Se serviu, talvez tenha sido feito para essa cabeça. Nunca se sabe, cada um podia tentar usar para ver se lhe serve.”

Adaptado (fonte (dis)conhecida)!

O toque do Sino



O Sino tocava “ngele, ngele, ngele”. Era o ferro grosso e firme que beijava agressivamente o cariz pendurado no canhoeiro velho da escola. Ouvido o som, a gente caminhava as pressas para não atrasar no canto do hino nacional precedido pela fila indiana que fazíamos antes do cântico. A gente que morava perto da escola como eu tinha mais vantagens pois podia ouvir o som  e ainda poder dar-se tempo de tomar um copo de chá com um paizinho.
Antes de chegar na escola a gente passava de casa de uma senhora que vendia macoromado (pão colorido) e swichamossane (chamussas) para fazer as nossas pequenas marmitas. Chegados a escola, entoávamos canções de preparação que serviam também de compasso de espera aos atrasados. Mas também, aqueles que atrasassem eram sancionados com umas doridas pauladas de régua de madeira que ficava com vovô guarda.
“Marcha, marcha. Marcha, marcha companheira, marcha, marcha, eu posso bater os pés”- são uma das principais canções que a gente entoava sendo liderados pel@ senhor@ “prissori”. Depois das preliminares cantávamos o hino nacional e, por fim dirigíamo-nos para as salas de de forma organizada. Quando digo “sala de aulas” me refiro a sombra do canhoeiro. No chão recebíamos as lições do dia-a-dia. Nos dias em que chovia, a gente ficava em casa a assistir as águas que caiam em gotas e ouvíamos as chapas que namoravam a chuva fazendo um barulho que servia de música para os meus ouvidos de criança.
Depois da primeira lição, seja de português ou de matemática, saiamos o intervalo maior. Lá fora do recinto da escola a gente juntava dinheiro, comprávamos mais macoromado, swichamossane, swijeluane (gelinhos) e fazíamos o nosso banquete. Depois de comermos, íamos fazer as nossas brincadeiras. A maior parte de nós queria ser artista de filmes. Portanto, sabíamos que tínhamos de praticar o que via nos filmes. Brincávamos de Karatê, zotho (pega-pega) e muitas outras brincadeiras de infância.
No fim do intervalo retomávamos as salas (em baixo da mafurreira, lembrem-se) e seguíamos as lições. “O que é o ar, o que é o vento?” -São as principais perguntas de que ainda hoje me lembro. “O vento é o ar em movimento”- a gente respondia em uníssono para a alegria d@ professor/a que orgulhosa/o deixava transparecer o sorriso branco amarelado dos seus dentes.
Finde a lição, o Sino tocava novamente para nos lembrar que já estava na hora de rumar para casa. Ai a gente gritava “hehehehehehe”. O barulho pululava toda a mafurreira que deixava cair as matomanas e folhas secas no seu processo de reavivamento. Chegados a casa, aguardávamos novamente pelo toque do Sino para nos lembrar das lições e para que um dia não nos esqueçamos d@ menin@ feliz que um dia fomos.