sexta-feira, 27 de junho de 2014

Desastre temporal

Existia antes a poeira, depois veio o ar
O ar chamou o vento e o vento não veio sozinho
O vento era acompanhado da tempestade e a tempestade trouxe a destruição

A destruição trouxe luto aos filhos do pai e da mãe.

Gritos por todo o lado. As pessoas como formigas fugiam e se escondiam
Nuvens negras se formaram no céu azul que zombava sobre a terra
Espanto nos filhos de Deus
Nuvens negras vestiram o céu azul. No seu rigor a preto começaram a gritar
O céu tanto gritou até se rasgar. A tempestade passou, a chuva começou.
Um dia, sete dias o mês inteiro choveu sem parar.
No último dia do mês a chuva parou e um arco-íris coloriu o céu
As crianças na inocência saíram à rua e entre charcos conduziam os seus barquinhos
Entre os adultos o silêncio reinava. Nada se falava, fora o grito das chapas espalhadas por toda a parte.
O tempo passou e a cicatriz passou. A vida voltou ao normal
Ninguém mais se lembrou daquele dia fora o velho que de petiz a petiz contava a estória de destruição que desgraçara aquela terra
O velho aprendera uma lição e passava aos novos:
“Com o tempo tudo passa”

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Para a minha querida mãe

Tu que me protegeste deste pequeno no seu alento dourado
Desde o primeiro dia da minha vida a este mundo me vês com um olhar de inocente que não peca
No teu ventre me carregou desde pequeno numa dor tenebrosa
Com os pontapés te dava chutes, mas tu nunca me desamparaste
Mãe, tu és a minha heroína de todos os tempos
És a minha protetora, meu escudo de sorte, meu refúgio do frio mundano que congela as almas
A minha primeira lágrima derramou por ti no hospital quando aceitaste dar o seu grito mais intrépido de modo a iluminar a minha vida
Agora que cresci, me emociono ao ver a coisa maravilhosa e sumptuosa que me fez vir ao mundo
Minha pétala de rosa, meu brilho do sol, meu farol. Tu és o meu refúgio
Minha mãe sei que desejas- me a maior sorte do mundo. Eu em contrapartida não posso desejar- te mais nada pois o meu mar de desejos encontra em ti o seu porto seguro.
Mãe dou- te tudo, mesmo aquilo que não tenho pois nenhum sentimento nobre pode descrever o que sinto por ti
Minha adorada mãe

terça-feira, 24 de junho de 2014

Bebidas



Bebidas que matão sem perdão
Essas bebidas que sem querer me puxam.
Numa golada, um minuto da minha vida se vai
Por pensar naquilo que essas bebidas me tornam, uma lágrima cai
Sou um ser desprezível, reduzido a nada por causa dessas bebidas.

Quando passo diante de muitos olhos nem se quer me notam
Essa bebida sem querer me arrasta para o fundo da cova
Me faz ser um ser que nem eu reconheço
Clamo por ajuda, mas ninguém me ouve
Sou uma voz sem eco, um olhar sem esperança
Sou a morte esperada de chegar
Sou o viajante sem destino nessa terra de ardor onde o mais forte cai na cerveja e o mais fraco na tentação da vida
A bebida me decompõe, reduz a nada essa minha existência
Procuro um culpado e não encontro. Só sei que estou cansado desta vida de amargura
Tenho um filho sem pai e sem mãe. Sou um pai sem mulher e sem filho. A bebida me tirou tudo
Tanto falo de filho como se não tivesse um
É um filho com pai sem alma. Até vale a pena agora que ele tem esse meu corpo que lhe sustenta a sua carne pois a minha alma já se foi. Ficou hipotecada ao diabo
Só espero o dia chegar para me esvaziar deste corpo imundo inchado de bebidas

Não quero odiar essa farda

Na mais inocente caminhada da adolescência comia a estrada aos bocados regressando à casa depois de ter aprendido uma lição. Naquele tempo, estudava na escola Secundaria da Polana. Por mania, se não for por gostar da solidão da companhia da minha mente voltava muitas vezes sozinho. Era o único momento em que falava comigo mesmo já que a vida me esquecia e eu gostava de a esquecer também. Entre árvores e asfalto, voava na minha mente inocente e rebelde. Conversava com vários autores lidos na pequena biblioteca improvisada da escola. Passavam na minha mente enciclopédias e muitos quadrinhos como “Conan e os bárbaros” ou “Conan na selva”.
As pessoas passavam de mim, como árvores na janela de um carro em andamento. Passavam como sombras que só serviam de espantalho no meu mundo imaginário e de contos. Os passos descomandados me levaram até ali. Passei.
-Psiu, psiu- uma voz grave num tom bastante grosso se dirigiu a mim- você mesmo ande aqui.
Foi como se tivesse despertado de um sono milenar ao qual adormecera, daqueles sonos abundantes de sonho. Já que em casa não podia dormir bem por causa dos problemas familiares. Preferia por isso dormir na rua a andar. Era o único momento que me era permitido sonhar nas entranhas da adolescência que aspirava pela liberdade. Sentia-me como uma borboleta presa no seu casulo a espera das asas coloridas para voar e conhecer o mundo fora. Depois daquele chamado parei. Olhei para trás como se tratasse de um sonâmbulo em pleno dia. Coisa de louco. Sem abrir os olhos da alma, por instinto sonoro segui aquela voz. Parecia que a escutava a quilómetros dali. Vi um vulto na minha frente. De novo a voz se dirigiu a mim:
-Não estas a ver por onde por está a andar?- apontou-me dois cones que sinalizavam um perímetro ao qual não devia atravessar-se. -o senhor está a fazer-se de ignorante- repetiu?
Que tolo, chamava de senhor a um adolescente e quando chegar a juventude irá chamar-me de velho? Eram as perguntas reflexivas que haviam invadido a minha mente. Uma coisa chamou-me atenção: aquele uniforme que vestia parecia de soldados. Nesse momento, os meus dedos trémulos começaram a se descomandar. Não sentia mais os pés. Um ar gelado abateu-se sobre a minha testa grande e brilhante por causa do óleo de cozinha que aplicava por falta de vaselina. Era um soldado, conclui. Forte, alto, escuro e armado até aos dentes. Tinha um AKM apontado para o chão. O braço direito segurava a arma enquanto o do lado esquerdo ajudava a boca a disparar as balas armadas em palavras.
-Você se faz de cego, faz de nos ignorar aqui.- Falou mais uma vez. Estava bravo como se fosse um animal que só queria preservar o seu território, continuou- Anda para eu te dar um carrolho para nunca mais passar daqui.
Durante aquele palavreado mantive-me calado. Quando ouvi carrolho, não aguentei. Deixei a língua beber o ar. Desvirginei o silêncio com um protesto sereno, breve, mas com bastante ensino para o soldado.
-Por mais que o senhor me bata ou que mi dê um carrolho, o que vai fazer com que eu deixe de passar daqui não será a bofetada qua me vai dar. O aviso que o senhor fez penso que basta. O que muda as pessoas não é a violência exercida sobre elas, mas sim, o ensinamento com respeito. ¬-Falava para ele como se tivesse a ler um livro codificado em minha mente. As palavras soltas, em frases se uniram e me defenderam.- Só pelo facto de ter falado comigo pude aprender-continuei.
Falei com os olhos fixos no soldado que hipnotizado recebia as contrabalas das minhas palavras. Se ressentiu das suas sentenças retrogradas e selvagerica, chamando a consciência para si. “O Davide havia vencido o Golias”- falava no meu silêncio.
-Vai lá- Dirigindo-se a mim.
Foram as últimas palavras que saíram da sua boca. Não quis dar mais motives para que ele voltasse atras. Embalei-me na minha viagem de retorno à casa. Mais uma vez conversava com o autor que estava na minha cabeça e que me ajudou a sair daquela encruzilhada.
“Quem conta um conto aumenta um ponto”, mas também, “Quem lê um conto, aumenta um ponto”. Foi a lição que aprendi desta historia. O proverbio ganhou vida em mim.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Se o tempo retrocedesse



Se eu voltasse atrás na minha infância reluzente. Naquela puerícia rebelde e inocente, onde as brincadeiras não tinham tempo para findar. Aquele tempo em que a noite era uma eterna ansiedade, aguardando a chegada do outro dia que não acabava na noite interminável. Se eu pudesse, voltava naquele tempo em que o céu azul podia pairar sobre as nossas cabeças, onde a trovoada podia levantar-me e me levar para onde ela nasce. São esses tempos que emocionam de recordar. Os tempos passados.
Queria poder voltar naquele tempo em que o medo em mim não tinha lugar. Onde o dia só nascia para nadar no viveiro, depois roubar manguinhas e come-los com sal a gosto. Voltaria também naquele dia quente que estreei o meu primeiro biquinho comprado a quinze meticais da antiga família do metical, ou naquele dia em que comprei chinelos e tive que enterra-los no areal de modo a que não fossem roubados naquela praia infestada de gente, entre casais, moluenes e maziones que queriam purificar as suas almas com a água do mar.
Podia também voltar aos encontrões que tive de realizar na tentativa de conquistar o primeiro amor da minha vida que nunca tive. Mas só a tive nas noites, nos meus sonhos molhados da adolescência. Apesar de nunca a ter possuído nos meus braços existenciais. Com ela passei grandes momentos maravilhosos sem comparação. Aprendi muito com aquela experiencia. Pude perceber que não é só sexo que importa numa relação, mas sim, a amizade sincera e companheira.
Gostaria de retroceder o tempo e correr com o Xinguerenguere naquele dia chuvoso onde gotícula de combustível de carros se misturava com a água da chuva que depois a poluía. Lembro da explicação que meu vizinho Matxenguene dava para aquela combinação provocada pela mãe natureza com os feitos humanos- “Não podemos pisar aquela gota, pois ao pisarmos, podemos entrar naquela pinga e nunca mais voltar a sair.- Explicava”
Sabe, não lembro quando é que deixei de ser criança, de gozar daquela inocência luzente e sincera. Por isso até hoje as pessoas me têm achado cheio de brincadeiras e as vezes pouco sério porque não quero crescer e deixar a criança que tem dentro de mim sair. Neste aspecto, lembro do Dércio quando evocava o seu ditado, não sei de onde o extraiu “O importante é crescer, mas nunca deixar a criança que tem dentro de nos sair.”

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Sobre as nossas televisões

Já vinha sendo motivo de preocupação da minha parte pelo facto de a TVM estar a fazer propaganda barata a favor do partidão e de encobrir os reais acontecimentos do país. Com relação a STV, até pouco tempo mereciam confiança da minha parte. Entretanto, estão a caminho de perder essa mesma pelo facto de cada vez a mais estarem a dar maior enfoque a pré campanha do meu chara e, também, porque diminuíram aqueles programas que serviam de canal das massas para exporem as suas reais preocupações. Pois ao que me parece, agora estão preocupados em manter o “status” da televisão nobre e o preço disso é eles se tornaram uns judas.
No que concerne a TIM, tem alguma legitimidade em regredir um pouco a notícia forte que nos habituou a beber. Depois das bofetadas que deram aos dois jornalistas é merecido um pouco de repouso por parte deles. Contudo, estão a fazer um trabalho que ao meu entender enriquece a classe dos jornalistas. Por outro lado, os programas que a estacão televisivo tem vindo a desenvolver educam de certa maneira a população e desperta a consciência crítica dentro de nós de modo a que saíamos a rua e exijamos os nossos direitos.
Em relação a Ngugu tv não tenho muito a comentar. Entretanto, há uma necessidade de cada macaco trepar no galho que criou para si, sobre o risco de todos nós estarmos nas árvores que não são nossas. É verdade que pode ter havido alguma salada na frase dos macacos, mas o que quero dizer é que estes deviam preocupar-se em fazer teatro, palhaçada ou outro tipo de animação do que andarem a fingir de jornalistas. Sabe que as vezes quando convidam pessoas para analisar coisas sérias que acontecem no pais até fecho os olhos para não ouvir a vergonha que falam. Até estão a estragar o meu texto “queria dizer que fecho os ouvidos para não ouvir as suas baboseiras e os olhos para não assistir a tristeza que me trazem.”
Por fim, o meu descontentamento maior vai para a televisão miramar. Esta televisão, para além de estar a importar a violência das novelas para as nossas casas, por cima, pululam os nossos ouvidos com verdades distorcidas. Convidam e concebem programas para escovar. Não estão preocupados com os problemas que acontecem no país, mas sim, com os grandes negócios. Se é que é uma tv de verdade porque é que não deixam de estar a falar mal da globo ou outra coisa? Ou acham que a gente é cega? “Cresçam e evoluam” esse é o único conselho que tenho para estes daqui. Estar deste lado a assistir televisão não significa que só temos olhos para ver e deixar passar, mas também, temos uma mente que analisa, avalia e critica quando quer.
Chega pá

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O noivo que morre na noite da sua apresentação (Parte I)


Encontraram-se logo pela manhã, depois do cântico dos galos. Eduardo estava apreensivo e bastante excitado pela aproximação do dia em que prometera ir à casa da sua amada “se suicidar” como as pessoas tem falado. Estava nervoso porque se esgotavam as economias que havia reservado durante os sacrificados onze meses debaixo do sol intenso que assola Maputo naquele período do ano. Haviam escolhido o mês de dezembro para aproveitar fazer uma ligação com a festa da família que é comemorada em todos os finais do ano. Eduardo trabalhava numa empresa de construção, de patrões chineses. Quase que sempre, recebia insultos, era ameaçado de expulsão. Por vezes, pensava em abandonar o emprego e se consolar no colo da sua amada. Ai nesse mesmo instante, os ventos da reflexão assolavam a sua insolente mente desprovida de esperanças:
-“Se eu deixo deixar de trabalhar como é que vou dar de comer aos meus sete irmãozinhos pequenos? Como é que vai passar a viver a minha mãezinha viúva que desperdiçou a sua juventude para cuidar de mim e dos meus irmãos pequenos? A minha amada como é que vai ir ao salão?” – Eduardo monologava em torno de si mesmo.
Eduardo era um tipo que aparentava estar na casa dos trinta, mas a sua pele rija e escura como o carvão aparentava mais que isso, talvez seja porque tem trabalhado durante muito tempo debaixo do sol. Os seus olhos anunciavam um cansaço secular de quem dorme abaixo da hora recomendada. No seu corpo escondido detrás das tralhas velhas que trajava camuflavam-se músculos que faziam dele o jovem mais desejado da zona. Ele era a versão original do príncipe encorporado no monstro, não obstante que era romântico.
Caminhava Eduardo na companhia sua amada Mavassane. Cortejava-a na sua caminhada rumo ao mercado, aproveitando a deixa para fazer os últimos acertos do evento que iria marcar um passo na história das suas vidas e da sua relação. Eduardo teria escolhido viver os seus últimos dias ao lado da Mavassane, porque via nos olhos desta a inocência que perdera na sua própria infância, não obstante também que a Mavassane não era o ultimo pedaço do bolo. Mavassane também era a miúda mais cobiçada da zona. Por isso, provocou um espanto e um grande murmúrio na zona pelo facto de ela ter escolhido o Eduardo como futuro pai dos seus filhos. As pessoas se perguntavam: “como é que uma donzela nascida numa família nobre foi se meter com uma ferra, um pobre que só tem um teto erguido pelos pais?” A sua família também não apoiava o relacionamento dela com o seu amado e escolhido. Até que a tempos atrás haviam arranjado um pretendente que julgavam à altura da Mavassane. Entretanto, a menina havia escolhido o Eduardo pura e simplesmente para casar e viver juntos para sempre como comandava o destino que estava para se desenhar se não fosse o trágico acontecimento que vai cruzar as suas vidas.
As vezes, Mavassane excedia os limites das capacidades de Eduardo. Enquanto caminhavam naquele cortejo matinal, Mavassane deixa a voz fina e suave como a brisa matinal soltar umas palavras em forma de cântico melancólico, mas prazeroso de se ouvir aos ouvidos do seu amado:
-Depois minha mãe disse que era preciso anel, colar, relógio, um vestido para mim, duas caixas de cerveja, duas de refresco, duas garrafas de vinho: um tinto e outra branca-falava como se tratasse de um texto decorado. Continuou falando- depois aquele dinheiro que me passaste para amanhã quando vocês vierem na minha casa. Acabou todo.
Enquanto falava a Mavassane, Eduardo sentia a sua cabeça a ferver por conta das exigências exacerbadas que a sua amada levantava. Sobretudo porque sabia que não partia dela, mas sim da sua família. Foi quando antes da voz da Mavassane dar uma pausa, Eduardo interrompe:
-Tudo isso numa apresentação?- Protesta- Não tem mais dinheiro. Se for para nos separarmos, que assim seja. Cheguei ao meu limite, tu sabes quais são as minhas capacidades.
Eduardo falava como se tivesse a por em teste o amor que a sua amada tem por si. De repente, do canto esquerdo do olho de Mavassane começou a minguar uma lágrima em forma de círculo que aos poucos ia enchendo como um rio no linear do seu caudal. A lagrima transbordou os seus limites esvaziando-se dos olhos inundando o rosto até alcançar o peito em forma de duas laranjas da Mavassane. Nesse mesmo instante, Eduardo sentiu um remorso por ter proferido tamanhas palavras que transcendiam a compreensão da sua amada. Abraçou-a tão forte que quase arrebentavam os fios de concha que a teria oferecido. Dois botões da blusa desta se desfizeram no aperto, no momento de demonstrar o amor, as vezes Eduardo excedia um pouco. Queria demostrar o arrependimento que lhe encarnava. Voltaria ao passado se o tempo permitisse de modo a remendar o erro fatal que teria cometido. Não aguentava ver uma lagrima se quer. Isso lhe lembrava da sua insolente infância, dos dias que terá dormido junto com a sua mãe ao relento sem nada para cobrir e beber.
Mavassane viu a cara de nuvens que Eduardo deixava transparecer. Enxugou as lagrimas, olhou nos olhos do seu amado e tentou exprimir o consentimento de que Eduardo não falava aquilo por querer, mas sim sofria uma grande pressão por parte dela e da sua família.
-Não faz isso amor, passou eu também não disse aquilo por querer, mas em casa as vezes sofro com as exigências também, as vezes quando peço alguma coisa dizem que já cresci o bastante e tu é que deves responder por mim. Sei que isso não é coreto, mas não posso fazer nada, eles são meus pais- Expressava-se vagarosamente Mavassane.
Chegados próximo ao mercado, Eduardo se despediu da sua esposa. Queria se dar tempo de ver uma forma de aumentar uma parte do dinheiro que tinha de modo a responder as exigências da sua família e da sua amada.