quinta-feira, 24 de abril de 2014

Maputo está sangrando

O sol está vermelho, Maputo está sangrando
O povo está gemendo.
As noites tornaram-se num eterno mártir onde andantes caminham armados até aos dentes
Os bairros das barbas da cidade estão em chamas por medo de dementes.
O sol está vermelho, Maputo está sangrando
O povo está cansado de ser acusado e de ser chamado de vândalo
O contrato social foi quebrado e as pessoas voltarão ao seu estado natural onde reina a lei de dente por dente e olho por olho
Nessa confusão, sangue inocente vai jorrando, inundando os citadinos de Maputo.
Os xiconhocas e os Mussathanhocos descansados nos seus palacetes julgam o povo e o condenam pela sua pobreza
O sol está vermelho, Maputo esta sangrando
A noite tornou-se o dia e os dias foram esquecidos
É o preço que se paga por nascer pobre
É a desgraça que acompanha as pessoas que nascem fora da Sommerchild, da Baixa e de Museu
O sol está vermelho, Maputo esta sangrando

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comente