terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Quando tiver filhos



Serei um pai diferente, contarei histórias de marujos e de viagens pelos sete mares aos meus filhos. Quando voltar do serviço, vou beijar as suas testas e pergunta-los como foi o seu dia. Daí vou sentar no sofá ouvindo as peripécias que aprontaram durante o dia. Na hora de jantar, vou por os pratos na mesa, servindo de exemplo de como deve ser um lar democrático. Antes de comer faremos uma oração, agradecendo cada dia que estaremos vivendo como família e rogando para que tamanha união nunca se destroce e que o infortúnio caminhe longe do nosso lar.
Quando chegar a hora de deitar, vou carrega-los no colo, fazendo cócegas com minhas barbas e antes de dormir vou contar mais uma historia, mas desta vez de homens e mulheres que fizeram e vem fazendo diferença pelo mundo fora para que a humanidade se torne um lugar melhor para si viver, dai vou apagar a luz dizendo bons sonhos.
Vamos juntos, como família fazer a árvore genealógica da nossa linhagem para que saibam de onde vem, quem são e quem foram os seus avós, tios e primos, etc. Vou pedir que façam isto aos seus filhos e aos filhos dos seus filhos para que a história bem-sucedida da nossa família inspire gerações vindouras e traga algum contributo para a humanidade.
Vou apoia-los nas matérias da escola, sentando e resolvendo conjuntamente as questões que trouxerem da escola. Vou incentiva-los a praticar algum desporto, para torna-los mais activos e que não caiam na rotina do sedentarismo.
Quando caírem, vou dar-lhes forças e ajudar a levantar aconselhando que todo mundo já caiu na vida, mas o diferencial é porque alguns depois do tombo levantam com mais garra e aprontam-se para mais uma jornada na vida.
 Durante os finais de semana, vamos sair juntos como família para dar um passeio ou assistir uma peça teatral e quem sabe ver um espetáculo musical daqueles que nas suas músicas não usam linguagens obscenas ou que não despromovam os direitos humanos.
Vou beijar a sua mãe na frente de todos para que possam ver como nos amamos e como os criamos num ambiente de concórdia.
Isso sim. Vou ser um pai feliz. Enquanto isso não chega vou cultivando a minha mente e o meu espírito.

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