segunda-feira, 5 de maio de 2014

Histórias de Frederico com seu gato





A minha gata é bastante amorosa. Quando digo “minha gata”, refiro-me a aquele animal peludo, com dois dentes caninos bem pontiagudos, com unhas bem afiadas e que na maioria das vezes gosta de um petisco de rato. Para esta gata a que me refiro, não gostaria que fosse intendida como um simples animal, que come restos de ossos que a gente traz quando vai a uma festinha de amigos ou quando comemos carapau e nos cansamos de mastigar a espinha dorsal. A minha gata é especial, é sensual, é glamorosa e cheia de charme.
A minha relação com ela é bastante calórica. “A gente” partilha muitas emoções. Quando estou triste ou dalguma forma preocupado, ela nota, olha no meu olho e naquele momento comunica comigo. Passa-me alguma mensagem. Ela desafia a ciência que diz que entre o ser humano e os gatos não há comunicação porque não usam a mesma linguagem. Todavia, eu e minha gatinha nos comunicamos.
Quando volto do serviço, ela me recebe volteando os pés e corre diretamente para a porta como se tivesse as chaves da dependência. Logo, quando abro a porta do quarto, é a primeira a entrar. É como se tivesse a inspecionar se alguém teria entrado e mexido nos nossos pertences. Logo depois, senta-se na estufada e começa a assistir a televisão.
Nos dias em que volto cedo da escola e ainda me sobra algum tempinho para tomar banho e relaxar um no quarto, depois do banho ela vem e senta ao meu lado migalhando carrinhos. Dai, começo a passar a mão na sua cabeça e aproveito para pensar na minha vida. Como forma de retribuir o carrinho que lhe passo, começa a dosear-me com massagem localizada durante um tempinho. Apos isso, começa a me lamber como se tivesse a lavar – me.
Por estas e outras coisas posso afirmar que a minha amiga gata é muito especial. Até a minha parceira (namorada) tem ciúmes da gatinha. Quando ela chega (a gatinha), a minha parceira manda-a sair.
-Este é meu tempo, o teu já passou- Fala para a gatinha
É sempre bom ter um animal de estimação, ele é o companheiro que nunca trai. Preocupo-me em saber que ainda há pessoas que castigam animais, deixam-nos dormir ao relento sem o que cobrir nem que comer.
Kikikikikikikikikiki (rindo), até neste exato momento em que passo estas linhas, ela está comigo fazendo o carrinho que venho relatando.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comente