sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Tive um sonho consigo


Ontem sonhei consigo, foi um momento maravilhoso. Confundia-se com a realidade. Estávamos a caminhar, voltando de algum lugar. Não sei de onde. Era como se fosse aquele dia onde fomos ao talho. Acredito que ainda te lembras dessa data, no final do ano. Ninguém pode esquecer um dos melhores momentos que passou com a pessoa cujo nome esta talhado no seu coração de forma indelével. Daquela pessoa que a mente não quer esquecer, que o corpo quer tocar por mais que seja pela ultima vez. Talvez na próxima reencarnação teremos a possibilidade de estarmos juntos se isso fosse possível. Pena que o destino nem sempre responde aos nossos anseios. Por isso, vagueio no vazio da minha existência para ver se te reencontro num encontro eternal.
Não queria acordar por nada. Desejava permanecer embebedado no sono profundo, daqueles que levam ao paraíso guardado no coração dos homens e das mulheres. No sonho atirávamo-nos com areia branca cristalizada parece de praia. Daquelas praias limpas onde a imundice dos sem alma ainda não tocou. Apertava fortemente a sua mão com medo de acordar e consigo não estar. Um rio de lagrimas cria-se no canto esquerdo do olho, escorrendo o rosto tristonho até desvanecer nos lenções brancos do quarto que cobrem esse corpo viajante quando recordo daquele sonho que não se pode materializar. A vida sem ti é triste, sem cor, vazia e dorida.
Sei que as lagrimas não vão fazer o tempo voltar atrás. Por isso, me quero perder nesse vazio do mundo real fingindo de vivo, me camuflar nessa inexistência. Talvez um dia o sol volte a brilhar, o vento traga a poeira e essa combinação traga a chuva para lavar a tristeza que me manieta desde a última vez que nos vimos. O meu âmago está magoado porque o sonho não pode ser real, desvanece em meio ao sol tanto como a magia desaparece quando o rosto escuro da noite dá luz ao dia.

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