segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

ECOS DO DIA DOS HERÓIS: UMA LIÇÃO A APRENDER SOBRE A MOÇAMBICANIDADE


A multidão havia acorrido para aquele lugar, como se fossem abelhas atrás do néctar para o transformar em mel. O sol madrugador que pairava sobre as cabeças daqueles homens e mulheres, esperançados num futuro promissor, em que os moçambicanos, não viveriam sobre a iminência de uma guerra, não conseguia os afugentar daquele lugar. Era como se tratasse de um autêntico Déjà vu. Um acontecimento escrito no tempo, a espera de um emissor para o transmitir ao povo.
Foi nesse instante que o Governador da província central de Moçambique (Zambézia), Abdul Razak, subiu ao palco e se dirigiu ao povo para discursar, em virtude da comemoração do dia 3 de Fevereiro, dia dos Heróis Moçambicanos. No princípio, parecia uma mensagem normal, de um político obrigado a dizer qualquer coisa para defender o pão que coloca na mesa. Mas, de repente, a mensagem ganhou vida. Motivo de registo e de destaque em todo o país. Chamou o Manuel de Araújo, Edil de Quelimane, o pegou pela mão como se tratasse de um filho consanguíneo e disse: - Eu sou Governador e Manuel de Araújo é edil, sou da raça indiana e ele raça negra, nasci em Maputo e ele na Zambézia, sou Muçulmano e ele é Católico e eu sou da FRELIMO e ele é do MDM – No seu semblante, não se via nenhuma falsidade. Mesmo se tivesse, pela originalidade e criatividade não se permitia nenhuma leitura alem de ouvir aquelas palavras cheias de significado – Ele é jovem, eu sou crescido. Mas todos nós somos moçambicanos – Continuou.Na verdade, é deste tipo de discurso unificador que precisamos. Que não distingue a raça, a etnia, a cor da pele, a pertença partidária e nem o estatuto social. Precisamos de políticos interessados apenas em consolidar o tecido da unidade nacional que vai se desfiando aos poucos, caso não se altere a situação actual. Está de parabéns o Governador Razac, e o seu edil Manuel de Araújo, por ensinar que se pode fazer politica com a inclusão do diferente, que duas forcas políticas podem coexistir no mesmo espaço sem conflitos. Estão igualmente de parabéns os moçambicanos por fazer este discurso girar o mundo através das plataformas virtuais. Afinal não são somente escândalos políticos que merecem ser viralizados.
- Eu sou Governador e Manuel de Araújo é edil, sou da raça indiana e ele raça negra, nasci em Maputo e ele na Zambézia, sou Muçulmano e ele é Católico e eu sou da FRELIMO e ele é do MDM – No seu semblante, não se via nenhuma falsidade. Mesmo se tivesse, pela originalidade e criatividade não se permitia nenhuma leitura alem de ouvir aquelas palavras cheias de significado – Ele é jovem, eu sou crescido. Mas todos nós somos moçambicanos – Continuou.
Na verdade, é deste tipo de discurso unificador que precisamos. Que não distingue a raça, a etnia, a cor da pele, a pertença partidária e nem o estatuto social. Precisamos de políticos interessados apenas em consolidar o tecido da unidade nacional que vai se desfiando aos poucos, caso não se altere a situação actual. Está de parabéns o Governador Razac, e o seu edil Manuel de Araújo, por ensinar que se pode fazer politica com a inclusão do diferente, que duas forcas políticas podem coexistir no mesmo espaço sem conflitos. Estão igualmente de parabéns os moçambicanos por fazer este discurso girar o mundo através das plataformas virtuais. Afinal não são somente escândalos políticos que merecem ser viralizados.
Foi nesse instante que o Governador da província central de Moçambique (Zambézia), Abdul Razak, subiu ao palco e se dirigiu ao povo para discursar, em virtude da comemoração do dia 3 de Fevereiro, dia dos Heróis Moçambicanos. No princípio, parecia uma mensagem normal, de um político obrigado a dizer qualquer coisa para defender o pão que coloca na mesa. Mas, de repente, a mensagem ganhou vida. Motivo de registo e de destaque em todo o país. Chamou o Manuel de Araújo, Edil de Quelimane, o pegou pela mão como se tratasse de um filho consanguíneo e disse: 


(Filipe Tumbo, adaptado da realidade)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comente