segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O ANOITECER NO NYERERE

Passos lentos e rápidos gastam a sola dos seus sapatos sobre a estrada alcatroada da avenida ressurgida. Outrora pela água destruída.
Reacendem a esperança abandonada, esquecida nos corações dos homens vazios de fé.
Vozes de Petizes dando continuidade ao ciclo de vida, fazem lembrar a criança cheia de energia e de sonhos que um dia fui.
O traseiro escondido dentro das calças, sentado sobre o passeio. Sustenta o corpo de onde os olhos famintos de ver, contemplam a escuridão da hora mais escura, aliciada pelo céu cheio de nuvens negras.
Esta combinação toda, me faz embarcar num monólogo com o meu próprio eu. Inspirado pelas vozes que dão vida a esta noite. Sentado sobre o Nyerere.
Enquanto escrevo no meu "Smart Povo", as senhoras arrumam as suas banquinhas de doces e de amendoim torrado, que sustentam inúmeras famílias. Enquanto isso, por outro lado, os jovens empreendedores, vendedores de sapatos e de camisas, fazem as contas das suas vendas, se recolhendo para as suas casas, recarregar as baterias durante a noite.
Por sua f mais vez, me tenho de despedir para ir cumprir as minhas responsabilidades de pai e de marido, me despedindo desta magia fenomenal. Deste casamento ímpar sem igual, com a esperança de voltar a experimentar a mesma experiência. Antes da EDM colocar a sua luz artificial, inimiga dos amigos do alheio e do poeta desprezado inspirado.
Tata, Nyerere.


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