segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O que compensa no corpo, tira da mente

Não é por a acaso que nos decepcionamos com certas pessoas. Acontece várias vezes ver-se alguém bem perfumado(a), com corpo de viola quando é mulher, e, saradinho quando é homem, ao chegar em qualquer lugar, fazer com que toda a gente fique boca-aberta como se fosse um convite para as moscas entrarem aos pares, provocando um silêncio até que não se oiça nem um mosquito a voar na sua eterna procura pelo sangue humano. Parecerem autênticos (cas) galãs de Hollywood, aqueles (as) que apenas se vêem nos filmes especiais, que provocam febres nas cabeças de toda a gente quando lhes contempla. Contudo, tudo se estraga quando abrem a boca. As coisas que falam são ao contrário da montra. O cuidado que tem com o corpo, não é o mesmo que tem com a língua. São desanimadores (as), egocêntricos (cas), cheios (as) de piadinhas sem graça, mas que acham engraçadas e, cortam todo o ânimo que encontram pela frente. É a versão contrária do sapo que vira príncipe. Neste caso, estas pessoas são príncipes e princesas que viram sapos ou sapas. 
Na verdade, estas pessoas compensadas ou que trabalham para compensar o corpo, não estão preocupadas com a mente. O que querem é saciar o seu ego ao ver todo o mundo a olhar para si, como se fossem semideuses na terra. E, como todos sabem, os deuses são solitários porque tem todo o mundo e, todo o mundo não os tem. Com isso, não tem com quem partilhar os seus sentimentos mais íntimos, dividir as suas conquistas e derrotas porque não se devem misturar.
Portanto, no final do dia, são pessoas tristes, emotivas, que choram quando estão sozinhas e não querem que ninguém saiba, apenas para continuarem a viver e acreditar na sua ilusão e nessa vida misera que levam.

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